quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Técnicas que evitam a transmissão de doenças genéticas

Uma nova técnica de detecção in vitro permitirá aos pais aumentar as hipóteses de ter um bebe saudável, livre de doenças genéticas familiares, segundo um trabalho desenvolvido por cientistas britânicos.

Esta técnica representa uma revolução na busca de "impressões digitais" embrionárias de doenças causadas por falhas em um único gene. Este procedimento chamado diagnóstico genético pré-implantacional, possibilita o acompanhamento de embriões criados por fertilização in vitro.

Até agora os médicos em laboratório só eram capazes de reconhecer condições onde havia uma mutação muito clara e conhecida em um único gene. Em doenças que só afectavam o sexo
masculino e não o feminino. Os médicos tinham que eliminar os primeiros embriões, o que os reduzia a metade para implante no útero, diminuindo as hipóteses de uma gravidez bem sucedida.

O novo teste possibilita a testagem dos pais e de eventuais filhos para identificar cerca de uma dúzia de marcadores de doenças. Uma célula é retirada do embrião e, então, ampliada um milhão de vezes para ver se carrega estes marcadores e, em caso afirmativo, se carrega duas cópias deles nos cromossomas.

A técnica, denominada haplotipagem genética pré-implantacional, desenvolve a ferramenta de diagnóstico anterior, tornando-a mais precisa e permitindo que mais embriões estejam disponíveis para o implante.

Já é conhecida uma série de marcadores para fibrose cística, uma condição dermatológica denominada epidermolysis bullosa, uma doença que causa perda muscular denominada distrofia miotônica, e a síndrome Prader-Willi, caracterizada por baixa estatura, retardamento mental, musculatura flácida e a ingestão compulsiva de alimentos.


E quem tem acesso a essa técnica? Qualquer um, ou apenas quem tem dinheiro? Não estará o avanço da tecnologia a aumentar ainda mais a diferença entre ricos e pobres?